Eu costumo dizer que pra minha família, o xadrez é mais que um jogo, mais que esporte, mais que arte, mais que ciência. É tudo isso junto. E mais: é estilo de vida.
Quando tento responder a idade em que aprendi a mover as peças, sequer tenho certeza. Não me lembro de uma cena assim, meu pai me dizendo “filho, deixa eu te ensinar esse jogo”.
O que não sai da recordação, sim, é estar rodeado por livros (ótimos livros), jogos de peças (lindos jogos de peças), pai e irmãos jogando. Aliás, a influência foi tão grande que nossos vizinhos de Rua 10, no bairro do São Francisco (São Luís-MA), também aprenderam. Tinha até torneio!
Por falar nisso, foi aos nove anos de idade que passei a treinar mais seriamente. Resultado da abertura da Academia Rafael Leitão, em duas ótimas salas do Ed. Los Angeles, no bairro do Renascença, um dos mais bem localizados da capital maranhense.
Escrevendo tudo isso, percebo como fui uma criança privilegiada.
Bom, com essa estutura e grande prazer em jogar, cheguei a conquistar alguns títulos nacionais e estaduais. Destaco ter sido Campeão Brasileiro de Xadrez Rápido Sub 14, em Belo Horizonte-MG, e Campeão Maranhense Absoluto aos 13 anos de idade.